Como lidar com os colegas “reclamões” no trabalho

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Quem não tem amigos, colegas de trabalho, às vezes até parceiros que só sabem reclamar o tempo todo? Reclamar torna-se um hábito, assim como focar o negativo. Este hábito pode ter um impacto negativo em você socialmente, afetando a sua felicidade pessoal, mas também pode inconscientemente sabotar a sua carreira profissional.

O interessante é que 20% das pessoas negativas, no fundo gostam de ser vítimas, com certeza há ganho de atenção e simpatia, que geralmente ocorre com amigos e familiares, mas no trabalho, as pessoas bem sucedidas não vão querer estar perto de uma pessoa assim.

Não tem como, uma hora ou outra na nossa carreira profissional vamos precisar ter contato com pessoas bem-sucedidas para nos ajudar a obter mais sucesso, um novo emprego ou uma nova oportunidade de crescimento.

A verdade é que ninguém quer estar em torno de um estraga-prazeres, e os “reclamões” são os piores de todos eles. Eles não se enquadram numa abordagem de uma maneira positiva, estão sempre achando-se vítimas das carreiras medíocres que tem, às vezes até invejando o crescimento de outro colega (otimista) que parece que tudo dá certo na vida e por reclamarem, tem também menor produtividade, embora acreditem piamente que levam a empresa nas costas!

Você não precisa ler o livro “The Secret” para saber que as palavras têm poder. São declarações ao universo. O que você reclamar tornará o seu foco e sua intenção, e se expande para toda sua vida! Então para de reclamar, de ver o lado ruim da vida, veja o colorido, as oportunidades, mesmo que elas sejam duras de viver.

Ninguém gosta de estar ao lado de uma pessoa que reclama de tudo e de todos. E, no ambiente de trabalho, onde a maioria das pessoas passa grande parte do dia, a presença de um “reclamão” pode prejudicar o desempenho de toda a equipe.

Especialistas em RH e gestão de pessoas concordam que lidar com este tipo de funcionário não é nada fácil, pois o ambiente costuma ficar pesado e os outros empregados acabam ficando muito incomodados com a situação.

É muito fácil, sermos sugados pela negatividade quando estamos perto de uma pessoa negativa. Não se envolver não significa ignorá-la, mas manter sua distância emocional. Isso parece muito difícil no início, mas com o tempo, nos tornamos imune à sua negatividade, pelo menos para conviver, se isso for necessário.

Uma pessoa negativa tende a exagerar, concentrar-se em coisas negativas e ignorar tudo que for positivo. Em vez de tentar fazê-la ver como está sendo negativa, que geralmente só leva ao confronto e reforça a ideia de que todo mundo está contra ela, tente dar respostas evasivas como “tudo bem” ou “eu entendo”.

É difícil saber se a pessoa é negativa ou simplesmente está tendo um dia ruim, por isso escute compassivamente e ajude, se necessário. Todo mundo tem um dia ruim ou precisa de um ombro amigo. Mas, se a pessoa continuar trazendo sempre os mesmos temas negativos, é hora de se libertar-se da negatividade dela. Eu costumo chamar a pessoa para a realidade, mostrando que temos mais a agradecer do que ficar murmurando e reclamando da vida!

Se a pessoa demonstra uma visão negativa sobre determinados assuntos, como trabalho ou relacionamentos, mude sutilmente a conversa para algo mais inofensivo. Se persistir, eu sugiro uma pergunta: “O que você acha de falarmos de assunto mais positivo?”  Mude a conversa para tópicos mais felizes. Lembre-a de algo positivo, como um passeio que ambos farão ou um aniversário que se aproxima. Evite perguntar mais sobre o que ela reclama, apenas se estiver com vontade de ficar triste…

Converse sobre aquele filme novo que acabaram de assistir ou das palhaçadas de um amigo em comum. Mantenha o assunto da conversa leve, mude o foco, se não conseguir, corte o assunto e desista!

Às vezes, a melhor maneira de lidar com uma pessoa negativa, especialmente se ela faz parte de seu círculo de amigos, é organizar eventos em grupo para que a negatividade dela seja difundida entre todas as diferentes pessoas. Isso faz com que essa energia negativa não seja apenas direcionada à você.

É extremamente importante estabelecer limites quando se está lidando com uma pessoa negativa. As energias ruins dela não são de sua responsabilidade. Se ela sempre lhe deixa para baixo, passe um tempo longe dela.

Avalie se você dá conta de ouvir, porque vejo muitas pessoas com boas intenções, ouvem atentamente, mas absorvem toda negatividade, tornando sua vida amarga com problemas alheios. Deixe para os “pobres” psicólogos essa árdua tarefa!

Se você não der conta, quando seu colega de trabalho negativo chegar interrompa-o dizendo que você precisa voltar a trabalhar. Faça isso de forma gentil para não aumentar ainda mais sua negatividade. Se isso não for possível, tente ficar longe dele, tanto quanto possível. Vá para uma biblioteca, cafeteria ou simplesmente não atenda ao telefone toda vez que ele ligar.

A melhor forma de lidar com uma pessoa ”reclamona” é não fazer o mesmo que ela, isto é, não reclamar dela também. Antes de recriminar, podemos ver o ponto de vista desse profissional e qual a razão da reclamação. Gestores e colegas próximos podem mostrar que ele pode tentar mudar as coisas com ideias e ações concretas, e não somente com reclamações.

Escute-o e traga-o para o seu lado, deixando que ele faça parte da solução também, e não somente da reclamação. Mas, se o “reclamão” nunca entra em ação e critica tudo e todos sempre, sem critérios e contribuições concretas, então sim, ele pode vir a ser deixado de lado nas perspectivas de crescimento da equipe. Quem vai promover uma pessoa assim?

Todo mundo tem limite para conviver e aturar a negatividade, avalie a sua e se achar que isso te faz mal, afaste-se, se conseguir ajudar, tente! Entretanto, não se engane, o pessimismo, a negatividade e a chatice estão no outro, se ele não tiver o desejo de mudar, ninguém poderá fazê-lo, por isso não sofra!

Por sapatos e amores com numeração certa!

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Outro dia li um texto muito bacana comparando os sapatos com os amores. Afirmava que como os sapatos, os melhores amores são os que machucam, quanto mais alto ele for, mais duro é voltar os pés no chão quando a festa terminar.

A vida ensina algo bem diferente. De que adianta viver usando scarpins salto 15 se eles não foram feitos para dançar a noite inteira? E pior, no fim da festa tem que descer do salto e andar de pés descalços sujeita a cacos de vidros no chão. Ainda prefiro as sapatilhas para algumas ocasiões.

Sapatos também precisam ser do número certo. Os maiores são frouxos, sobra muito espaço vazio, abandonam os pés e se fazem perder pelo caminho. Exigem cuidado demais a cada passo para evitar tropeços no primeiro paralelepípedo. Assim também os amores, que vivem sempre muito soltos, sem companheirismo, sem dividir e partilhar uma vida, uma hora o vazio se preenche de qualquer coisa, menos de amor.

Os menores apertam, sufocam, fazem sangrar e causam feridas e calos pela falta de liberdade. Dificultam a caminhada. Tornam impossível pegar a estrada e seguir adiante. Nos amores o ciúme é quem aperta e sufoca demais, não permite que o outro viva também na sua individualidade.

Não adianta se contentar com o “quase serviu”. Sapatos, assim como amores, não mudam seu jeito de ser só porque nos apaixonamos por eles. Se a pessoa é diferente demais de você nos gostos, atitudes, valores, momentos de lazer, então “quase serviu”, e tudo que é quase nunca chegará ao que realmente é.

Sapatos e amores precisam ser confortáveis, companheiros para enfrentar a caminhada juntos. Precisam nos encorajar a trilhar um caminho leve, sem dor. Um sapato ideal é aquele que usamos com tudo, pela cor, pelo estilo, pelo conforto. Amores não são diferentes, precisam nos dar sensações prazerosas, que não nos sufoquem ou incomodam.

Está certo que alguns sapatos se desgastam com o tempo, outros cedem e se rompem. Tudo bem. Aquele sapato ou amor simplesmente não serve mais. Mas existe aquele que dura o tempo certo para se tornar inesquecível e incomparável.

Minha bandeira hoje é “por sapatos e amores com numeração certa”, que não machuquem, mas que sejam companheiros, que sejam confortáveis, que nos façam sentir bem e, principalmente, que nos levem cada vez mais longe nessa vida.

Em um relacionamento sério comigo mesma

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Felicidade é um estado de espírito que diz respeito a nós mesmos. A felicidade que sentimos não é diretamente proporcional a conseguirmos ou não ter um relacionamento amoroso, relacionamento esse que pode ser com um peguete, uma amizade colorida, um namorado ou até um marido.

Só que, como sempre, a sociedade nos pressiona, mesmo em nível inconsciente, que para sermos felizes temos de “ter um alguém”.

E em nome desse amor saímos numa busca louca e desesperada nos envolvendo em toda sorte de situações e com pessoas que na maioria das vezes não temos nenhuma afinidade, nos levando ao sofrimento, tristeza e carência. Quando entramos neste ciclo perigoso “da falta de nós mesmos” viramos presas fáceis para o engano, a fuga e a ilusão, e claro que nos envolvemos com pessoas “nada a ver”.

Existem pessoas que não conseguem ficar nem um dia sozinhas, vivem de pegação em pegação, de namoro em namoro, de casamento em casamento, tipo “síndrome do Fábio Júnior”, emendam um relacionamento no outro na tentativa de curar o vazio, a solidão. Estão sempre à procura de alguém para suprir todas as suas necessidades, resolver seus problemas e proporcionar a tão sonhada felicidade. Carência pura!

Essas pessoas estão dependendo de alguém, sempre querendo se apoiar no outro. Não se amam, não se curtem, não se conhecem. Não conseguem enfrentar seus desafios, amadurecer e crescer. Porque amadurecer é conhecer a si mesmo, e se conhecer é um processo duro, lendo e que muitas vezes traz sofrimento.

Outras sustentam anos de namoro ou casamento em nome de um amor que não existe mais. Entregam-se a rotina, a violência física, a tortura emocional, a grosseria, as ofensas, as vinganças e as traições. Vivem de aparências e num verdadeiro inferno dentro de suas próprias famílias. Vão seguindo vida se entulhando de problemas e doenças, mergulhando no desrespeito mútuo, e destruindo-se a cada dia, são acomodadas e escravas do destino que escolheram.

Em questão de encontrar o amor, também encontramos os céticos que não acreditam mais em ninguém, fazem tudo para não se envolver por medo de sofrer novamente. Gostam até certo limite. Trocam de amor, como trocam de roupa. Cultivam o amor a desilusão. Sustentam sua decepção por anos.

Existem também os românticos demais, vivem se apaixonando, amam demais e se entregam tanto ao outro que se anulam. Criam em suas mentes deuses e deusas. Esperam e idealizam demais, a mágoa e a decepção são sentimentos constantes.

Tudo isto em nome do amor? Ou será para manter o status? Ou será para fugir de você? Você é feliz? Você se conhece? Há quanto tempo você não se dedica a você? Há quanto tempo você não faz nada do que realmente gosta? Há quanto tempo você só pensa em encontrar no outro o que te falta?

Estar sozinho não é o problema, não ser feliz com você, com sua vida é que é! Nós somos capazes de superar os desafios, aprender e caminhar com nossas próprias pernas. Todos os dias a nossa missão é de procurar mais felicidade e prazer. Nascemos sozinhos, estamos sozinhos o tempo todo. Quando sofremos ou sentimos alegria estamos a sóis com o nosso pensamento, coração e alma.

Os amigos, a família e os amores são nosso parceiros, sempre proporcionando o conforto e o carinho que precisamos para nos dar coragem e alimentar nossa fé. Mas o trabalho, a todo tempo, é somente nosso. É você com você! Por isso ficar do nosso lado com carinho e paciência é um compromisso. Ser feliz só depende única e exclusivamente de você, não depende de ninguém e de nada externo a você, muito menos de um estado civil.

Todos nós queremos companhia e desejamos o amor. Mas amar é escolha, não é se apoiar e depender emocionalmente dos outros. É caminhar lado a lado com companheirismo, alegria e prazer, é partilhar seu verdadeiro ser. Antes de tudo, ame-se, respeite-se e aceite-se, e se o amor aparecer, apareceu, simples assim!

Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa

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Então a raposa apareceu.
“Bom dia”, disse a raposa.
“Bom dia”, o Pequeno Príncipe respondeu educadamente.  “Quem é você? Você é tão bonita de se olhar.”
“Eu sou uma raposa”, disse a raposa.
“Venha brincar comigo”, propôs o Pequeno Príncipe. “Eu estou tão triste”.
“Eu não posso brincar com você”, a raposa disse. “Eu estou cativada”.
“O que significada isso – cativar?”
“É uma coisa que as pessoas freqüentemente negligenciam”, disse a raposa. “Significa estabelecer laços”.
“Sim” disse a raposa. “Para mim você é apenas um menininho e eu não tenho necessidade de você. E você por sua vez, não tem nenhuma necessidade de mim. Para você eu não sou nada mais do que uma raposa, mas sem você me cativar então nós precisaremos um do outro”.
A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse: “Por favor cativa-me.”
“O que eu devo fazer para cativar você?” perguntou o Pequeno Príncipe.
Você deve ser muito paciente”. Disse a raposa. “Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.”
Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa e depois chegou a hora da partida dele – “Oh!” disse a raposa. “Eu vou chorar”.
“A culpa é sua”, disse o Pequeno Príncipe, “mas você mesma quis que eu a cativasse”.
“Adeus”, disse o Pequeno Príncipe.
“Adeus”, disse a raposa. “E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.”

(Texto extraído do Livro “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupery)

Hábitos e costumes ultrapassados impedem a mudança

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“Conta a lenda que, em certa região, as árvores estavam morrendo  e as frutas eram muito raras. Um profeta chamou o representante do povo e disse:

– Cada pessoa só pode comer uma fruta por dia.

O costume foi obedecido por gerações e a ecologia do local foi preservada. Como as frutas restantes davam sementes, outras árvores surgiram. Em breve, toda aquela região transformou-se num solo fértil, invejado pelas outras cidades. O povo, porém, continuava comento uma fruta por dia, fiel à recomendação que um antigo profeta tinha passado aos seus ancestrais.

Além do mais, o povo do local não deixava que os habitantes das outras aldeias aproveitassem a farta colheita que acontecia todos os anos. O resultado era um só: as frutas apodreciam no chão.

Um novo profeta surgiu e falou para o representante do povo:

– Deixe que comam as frutas que quiserem. E peça que dividam a fartura com seus vizinhos.

O representante chegou à cidade com a nova mensagem, mas terminou sendo apedrejado, já que o costume estava arraigado no coração e na mente de cada um dos habitantes. Com o tempo, os jovens da aldeia começaram a questionar aquele costume bárbaro. E, como a tradição dos mais velhos era intocável, resolveram afastar-se da região. Assim, podiam comer quantas frutas quisessem e dar o restante para os que necessitavam de alimento. No antigo local só ficaram as pessoas incapazes de enxergar que o mundo se transforma e que devemos nos transformar com ele.

Fazendo a relação dessa história com o que passa na empresa, percebemos que devemos estar menos atrelados a hábitos e rotinas já ultrapassados e mais abertos para ouvir as sugestões de mudanças vindas dos funcionários mais novos.”

(Texto extraído do Livro “O que podemos aprender com os Gansos” de Alexandre Rangel)

Questionamentos que sempre nos fizeram

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Desde criança sempre fomos questionados sobre qual a profissão que iremos seguir, o momento em que iremos nos casar e quando teremos filhos. É natural nos depararmos com essas questões um dia. Alguns pensam sobre isto mais cedo, outros mais tarde. Há os que se recusam a pensar no assunto e há também aqueles que não querem fazer nem uma coisa, nem outra.

Eu penso muito sobre isso, sempre questiono pelo que passo em cada etapa da minha vida, já me formei, já me casei, estou pensando em ter filhos. Se antes eu tinha toda a imaturidade, também possuía a inocência de não me dar conta das dificuldades que aconteciam na época, não tive filhos porque não me julgava pronta para isso. Porém, se eu for mãe agora, talvez não cometa alguns erros. Será? Pois nem sei se a maturidade seria a mesma sem toda a experiência dos erros cometidos. É difícil concluir em que melhor momento uma mulher está apta a ter um filho e a dar o melhor de si em tal tarefa.

Fato é que a nossa sociedade cobra a maternidade das mulheres, a grande maioria deseja sim ser mãe algum dia. Mas qual dia será o melhor para que isto comece a acontecer é algo que ninguém sabe dizer ao certo.

O mesmo acontece com o casamento, namoro, noivado ou seja lá qual for o tipo de relacionamento escolhido. Quem é que se sente pronto e realmente preparado para se casar aos vinte anos de idade? Só mesmo alguém muito inocente, que não tem noção da dificuldade que é. E por isso tantos se casam. E depois descasam.

Injusto é perceber que depois de vários relacionamentos e divórcios é que a coisa fica mais fácil. Não tem jeito, a gente aprende na prática. Por mais que se ouça os mais velhos dizendo como a coisa funciona, são nossos erros que ensinam a melhor forma de se relacionar. Porque antes de tudo isso, existe o relacionar-se com si mesmo. Este relacionamento é na verdade o que mais se transforma com o passar dos anos e o que mais diferença faz em todo o resto.

Algumas mulheres não querem ser mães, mas a sociedade exige sempre isso de nós, mas ninguém deveria se sentir obrigado a ter filhos por nenhuma razão que fosse o verdadeiro desejo de ser mãe, simples assim. Mulheres muito voltadas para sua carreira profissional, viciadas em trabalho, que vivem viajando a negócios e fazendo horas extra deveriam pensar calmamente se nasceram mesmo para serem mães. Se imagine fazendo tudo isso com uma criança em casa te esperando, o que você vê? Se encaixa nesse retrato?

Tanto para ser ou não ser mãe, quanto para se casar e ou escolher a sua profissão, melhor esperar e pensar bem sobre isso. Então o que faremos? Nos casaremos aos quarenta e teremos filhos aos quarenta e cinco? Também não seria uma solução.

Acho importante antes de ter um filho, pensar que eles são seres humanos extremamente dependentes e exigentes que vão desejar o melhor dos nossos sentimentos, o melhor do nosso tempo e energia. Não adianta nada esperá-lo com um quarto lindo e decorado com seu nome, ou viver enchendo o filho de presentes caros se não tivermos disponibilidade para sermos mães.

Os filhos querem atenção, querem ouvir histórias antes de dormir, querem ser abraçados e beijados, querem contar o que aconteceu na escola e pedir ajuda para fazer os deveres, querem que brinquem com eles, querem uma mãe presente! Crianças criadas com pouco afeto e paciência tendem a não conhecer limites e têm mais dificuldade para estabelecer vínculos afetivos fortes.

É, a vida não é fácil, a gente é que rebola e se vira nos trinta como consegue. Além desses questionamentos, também me pergunto sobre como corrigir os relacionamentos errados, quando isso já se tornou desgastado. Conheço pessoas que vivem como verdadeiras prisioneiras de relacionamentos falidos. Alguns em nome dos filhos. Outros por uma covardia de consertar a própria vida.

Sei que divórcio não é um momento feliz para ninguém, mas também sei que a longo prazo pode ser a melhor coisa para as pessoas envolvidas, que se permitem usar a experiência que adquiriram para seguir em frente, se permitindo uma nova chance.

No fim das contas, é difícil admitir, mas para viver a vida não existe manual algum e nem idade certa para isso ou aquilo. O que há é a coragem de viver aquilo que você quer viver, sem imposição de ninguém. Livre é quem quer ser ele mesmo.

Quando você não aceita o fim de um relacionamento

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Já aconteceu com a maioria das pessoas. Nunca esperamos que aconteça conosco. Ninguém gosta de pensar na possibilidade de ouvir o outro dizer “não te amo mais”. Por mais que os indícios de que o sentimento estava chegando ao fim, a mente parece ignorar e inventar desculpas para evitar o sofrimento.

Claro que nós percebemos que o outro está distante. Não te olha como antes, parece fugir de você, não demonstra mais ciúmes, quando questionado diz “isso é coisa da sua cabeça”. Mas, não é. No fundo você sabe que ele está indo embora.

Até que um dia, com uma seriedade fora do comum, ele te olha como se fosse uma estranha, não tem intimidade e seus olhos estão frios, ele dispara: “Preciso conversar com você”.  E com uma certeza de quem já havia tomado a decisão há muito tempo, diz que já não lhe ama mais e já não está feliz. Depois ele arruma as coisas ou simplesmente vai embora. Acabou.

Você chora e aos soluços vai até a porta diz que ele está cometendo um grande erro. Mas ele está firme. Diz que será melhor pra vocês. E isso é verdade, será melhor. Afinal, não faz sentido estar ao lado de alguém que não nos ama mais.

Mas isso não serve de consolo, nesse momento a lógica não serve para nada. Não é apenas uma pessoa indo embora. São sonhos, projetos, fantasias, um status social, os costumes, as certezas, enfim, uma parte de você também se vai. É uma dor que ninguém consegue explicar.

Tudo acontece muito rápido, um emaranhado de sentimentos passa pelo seu coração, desde humilhação e desespero. Depois com o tempo, você entra em contato, liga ou manda mensagem perguntando:  “Você está certo da sua decisão? Pensou melhor?”. A resposta é fria: “Não preciso mais pensar, já tomei a decisão certa!”. Então você parte para as frases de manipulação: “Você não se importa com meu sofrimento? E se você se arrepender?”, a resposta é um silêncio absurdo. Claro que você chora novamente. E chorar é a única coisa que lhe resta nesse momento. E você tem todos os motivos, pois percebeu que o outro realmente está partindo.

Depois desse período vem o martírio do “se”, se eu tivesse feito isso, se eu tivesse feito aquilo, talvez ele estivesse comigo. Talvez, mas as decisões foram tomadas, as coisas já aconteceram. Mesmo assim, você começa a pensar obsessivamente no que poderia ter feito para evitar o fim. Ainda não inventaram uma máquina de voltar no tempo e ainda assim você passa horas imaginando o que poderia ter feito.

Não satisfeita, começam as inúmeras ligações e mensagens diárias, você implora de todas as formas por uma última conversa. Dentre outras loucuras na tentativa de voltar, estão incluídas presentes, declarações em público, visitas inesperadas à casa do ex, etc. Dependendo do perfil de quem terminou a relação, você até consegue que a pessoa aceite te reencontrar para uma conversa, que no final não adiantará de nada.

E quando vai ao tal encontro, tem a ingênua fantasia de que vai convencê-lo a voltar. Promete coisas que nunca imaginou prometer a ninguém, coisas que você sabe que não poderá cumprir, diz que aprendeu a lição, diz que agora vai ser diferente. Você não sabe mais o que diz. A resposta é (de novo) o silêncio, ou às vezes do olhar de pena ou impaciência do outro. Essa hora parece a pior, você vai embora se sentindo um lixo tóxico e quase desiste de lutar! Eu disse, quase!

Quando tudo parece terminado, parece passado, e as pessoas ao seu redor pensam que você aceitou o fim, você ressurge como uma ave fênix, e se diz disposta a reconquistar. Chega a ser engraçado, mas têm amigas que dão força!

Você aprendeu desde pequena que é sempre digno e justo lutar pelo amor. Você muda o visual, corta e pinta o cabelo, compra roupas novas e sensuais,  espera uma semana e aparece como quem não quer nada, imaginando que ele perceberá o que está perdendo. Ledo engano. Você não causa mais efeitos sobre ele. Você está humilhada, outra vez. E agora com a auto estima no chão!

Demora para entender, mas para lutar por uma relação amorosa é necessário que existam duas pessoas interessadas. Duas pessoas que se amam, ou pelo menos que desejam construir um amor. Nesse caso descrito, apenas você sente.

Eu gostaria de ter uma receita pronta para qualquer pessoa que estivesse passando por isso neste momento, mas não existe tal coisa. Todas as pessoas rejeitadas apresentam atitudes muito parecidas diante do fim. Mas a verdade é que cada um age de forma diferente. Nossas histórias de vida nos trazem experiências totalmente singulares, então não existe um conselho que sirva para todos.

Algumas pessoas depois de tanto sofrimento, conseguem aprender sozinhas. Outras apenas com ajuda psicológica. Mas infelizmente existem algumas que fazem desse tipo de relação um grande ciclo vicioso. Sabe aquelas pessoas que engatam um relacionamento no outro? Esse é apenas um exemplo das muitas estratégias que às vezes usamos para fugir do autoconhecimento. Porque se conhecer dói, é trabalhoso. Mas ainda é a forma mais segura e autêntica de lidarmos com qualquer situação.

Nem todo desamor é mau. Por mais que seja doloroso e triste ser rejeitado por quem se ama, um dia ainda olhará para trás e será capaz de agradecer em pensamento àquele que te deixou. Não digo isso porque no futuro poderá estar do lado de quem te ama de verdade, mas porque com o tempo será possível ver que tudo que perdemos muitas vezes traz um grande benefício, não há perda sem ganho. Todo esse sofrimento terrível vai passar, acredite!

Coisas que “sempre foram feitas assim”

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“Uma lenda zen conta história de um mestre que sempre mandava amarrar seu gato porque ele perturbava a meditação dos discípulos. O tempo passou, o mestre morreu e o gato também morreu. Mas então providenciaram outro gato. Cem anos depois, alguém escreveu um tratado, respeitadíssimo, sobre a importância de ter um gato amarrado durante a meditação.

Quando conheci essa história, me lembrei das empresas que permanecem amarradas a uma burocracia burra, com procedimentos administrativos e de controle que não fazem nenhum sentido nos tempos atuais. Você pergunta a razão de agirem daquela maneira e a resposta é: “Sempre foi feito assim”. Há também aqueles que defendem uma prática burra, alegando que no passado aconteceu algo que justificou a implantação de tal procedimento burocrático. Com o uso maciço do computador, da internet, da tecnologia da informação, muita coisa tem de ser repensada na empresa. Mais dos que repensados, certos procedimentos devem ser abandonados.”

(Texto extraído do livro “O que podemos aprender com os Gansos” de Alexandre Rangel)

A crônica nossa de cada dia

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Amo ler crônicas! As melhores crônicas que li, ou talvez as que mais prenderam a minha atenção falavam sobre coisas aparentemente banais, vindas de um cotidiano real ou imaginário.

Outro dia li “escrever é doar-se ao mundo”. Achei a frase forte, que nos faz refletir sobre o que queremos escrever, para quem, e como gostaríamos de ser lidos e interpretados. Transformar palavras soltas em construções que conectam pensamentos é uma grande responsabilidade. Admiro muito os autores por esta “doação”.

Há semelhanças entre a crônica e o texto exclusivamente informativo. O cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crônica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como: ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém.

A crônica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está “dialogando” com o leitor. Isso faz com que a crônica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao selecionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam.

Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê.

O início da crônica aparentemente é pensamentos soltos e sem aparentes conexões, mas que buscam criar uma história ou relato banal e colocar em prática algo que pode fazer um bem enorme para quem lê. É quando o autor percebe que tem algo que precisa ser dito, mostrar-se ao mundo, embora nem sempre seja compreendido com a necessidade que sente.

Muitas vezes os autores durante o dia vão guardando informações e situações para usar na hora de escrever. E surge a necessidade de contar suas vivências. E pronto, com criatividade, humor e conhecimento vão escrevendo um mundo imaginário, onde cada um de nós, em algum momento já esteve.

O benefício é um aprendizado rápido, mas eficaz, pequenos relatos diários que nos fazem refletir, talvez até mudar nossa forma de agir e ver o mundo! As crônicas, ora dramáticas, ora trágicas, ora cômicas são sempre um pouco de nós aos olhos e escritos dos outros.

Epidemia de ansiedade

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Quase todas as pessoas que converso relatam que são ansiosas. Vivemos atualmente uma epidemia de casos de ansiedade. O ritmo frenético de vida, aliado a predisposição individual resulta em uma parcela significativa da população com sintomas ansiosos e perda de qualidade de vida.

Quem sofre de ansiedade (nervosismo, expectativas, preocupações) não leva uma vida fácil. Os dias e as horas demoram a passar e, às vezes, seguem um ritmo diferente das outras pessoas.

Ansiedade é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômagocoração batendo rápido, medo intenso, aperto no tóraxtranspiração, e outras alterações associadas à disfunção do sistema nervoso autônomo.

Claro que toda pessoa ansiosa gostaria de viver diferente, queria viver de acordo com o relógio que as outras pessoas vivem. Existem ansiedades normais e as que causam problemas sérios.

É normal ficar ansioso por uma viagem, por um show ou até por uma festa de casamento, por exemplo. O ansioso, porém, é aquele que mesmo quando nada está acontecendo, tudo pode estar desmoronando. E, sim, ele precisa daquela resposta agora para poder salvar o mundo.

Os sintomas de ansiedade podem se manifestar a nível físico, como a sensação de aperto no peito e tremores ou a nível emocional como a presença de pensamentos negativos, preocupação ou medo, por exemplo e, geralmente surgem vários sintomas ao mesmo tempo.

Os sintomas de ansiedade podem levar o indivíduo a ser incapaz de realizar as tarefas do dia-a-dia, pois, entra em pânico e, por isso, é importante aprender a controlar e, se possível, tratar a ansiedade.

Um ansioso não consegue esperar, não diga a ele que você tem algo para contar, mas não pode ser agora. Isso quase o deixa louco, ainda mais quando olha “escrevendo…” no Whatsapp e nada da resposta aparecer, até aparecer as unhas já se foram!

Se tiver um compromisso o ansioso com certeza começou a se arrumar uma hora antes do que precisava, justamente para não deixar ninguém esperando. O problema é que ele vai ficar pronto antes e vai ficar esperando. Não importa se forem 40 ou 10 minutos, será uma eternidade.

O ansioso já planeja a vida no primeiro dia do ano. Tem um feriadão em setembro. Bom para viajar. Começa a organizar tudo logo. Sim, ele acha que todos são iguais a ele e, portanto, não será fácil de achar vaga em hotel, nem assento disponível na janela do avião. É preciso correr! “Ok, tudo pronto. Já sei até que roupa vou colocar. Só viajar. Mas espera… Vou ter que esperar todos esses meses ainda?”

A ansiedade pode ser provocada por qualquer motivo, pois depende da importância que o indivíduo dá a uma determinada situação e pode surgir em adultos ou crianças.

Os sintomas emocionais de ansiedade, podem incluir agitação, balançando as pernas e os braços; nervosismo; dificuldade de concentração e em relaxar; preocupação; medo constante de alguma situação; sensação de que algo ruim vai acontecer; descontrole sobre os próprios pensamentos; preocupação exagerada em relação à realidade. Qualquer um desses sintomas fique alerta, se passar muito tempo (mais que 6 meses) e estiver com no mínimo 3 desses sintomas aparecendo ao mesmo tempo procure ajuda médica.

Alguns hábitos ajudam a combater a ansiedade: evite alimentos estimulantes (café, refrigerante de cola, chá mate, energéticos, álcool, nicotina, etc…); durma adequadamente; faça exercícios físicos regulares (isso reduz intensamente a ansiedade, baixa a adrenalina e os níveis de cortisol, libera endorfinas, serotonina e ainda controla o peso e o sono); organize o tempo, nada de fazer tudo ao mesmo tempo, estabeleça um plano com prioridades; foco no presente, nada de sofrer por antecipação, ficar viajando em um futuro ainda indefinido e perder a atenção na resolução de problemas do presente; tenha atividades de lazer, pratique um esporte, cultive um passatempo, saia com amigos, viaje; use e abuse de técnicas de relaxamento – alongamentos, massagens, banhos prolongados, meditação.

Para controlar a ansiedade, pode-se usar “remédios naturais” que ajudam a diminuir alguns dos sintomas como por exemplo: beber um suco de maracujá, pois possui propriedades calmantes e ansiolíticas; beber um chá de camomila devido à sua ação calmante; comer alface, porque ele ajuda a relaxar os músculos e o sistema nervoso; tomar um banho morno para relaxar o corpo.

Se este tratamento natural para ansiedade for insuficiente, procure um médico, ele poderá indicar o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos e o acompanhamento com um psicólogo ou psicanalista poderá ser necessário, para conhecer técnicas que ajudam a acalmar em momentos de ansiedade, pânico ou angústia.